quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um Quadrinho Fruto de boas heranças

Uma Nação é constituída por indivíduos que partilham território, língua, comportamento e traços étnicos. O Brasil nasceu e cresceu recebendo influencias e heranças culturais de diversas raças. Partindo de sua gênese com elementos africanos, portugueses e nativos, sua cultura cresceu absorvendo, e a exemplo dos movimentos culturais da década de 1920, reinterpretando a influencia externa. A Arte Sequencial brasileira insere-se nesse contexto a partir de suas origens, afinal a primeira História em Quadrinhos brasileira, o Nhô Quim publicado em 1869 foi produzida pelo italiano naturalizado brasileiro Angelo Agostini.


Vieram depois outras influencias européias, norte-americanas e japonesas que ao serem recebidas acabaram por integrar o DNA do quadrinho brasileiro, um quadrinho miscigenado, democrático e corajoso. Se no âmbito da produção, do apoio governamental via editais e incentivos e empreendimentos independentes existe esse caráter de riqueza e ecletismo, no âmbito das Editoras o cenário empobrece diante do caráter mercantilista voltado para títulos estrangeiros que recebem mais atenção, publicidade, veiculação e distribuição.
A mudança deste cenário mercadológico tem ocorrido graças à iniciativa de artistas independentes, grupos, associações, projetos e leis de incentivo e uma nova visão que está ganhando força: a de que o Quadrinho produzido no Brasil não precisa seguir as fórmulas exatas dos mercado americano, europeu ou japonês, mas pode influenciar-se de todas as boas soluções sem perder sua própria energia e força.
JJ Marreiro para o Fórum de Quadrinhos do Ceará
Texto originalmente visto aqui.

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