terça-feira, 27 de junho de 2017

Como funciona um Gabarito de Quadrinhos









A palavra Gabarito significa modelo, medida, padrão. Os Gabaritos são usados para estabelecer um padrão de produção e é exatamente por isso que são utilizados nas Histórias em Quadrinhos e na produção de ilustrações, cards, storyboards etc. Quando uma revista é criada seu tamanho final, suas áreas de matérias e reportagens são determinadas no design gráfico e para que todas as partes do produto de encaixem e ninguém perca tempo reajustando tamanhos, cortando ou remodelando páginas é que se usa um gabarito.

Editoras diferentes usam gabaritos diferentes seja por causa do tamanho/formato de seu material editorial seja por uma questão de identidade visual. Na internet é possível encontrar os modelos de gabaritos de diversas casas editoriais, isso ajuda a produção de portfólios, submissions etc.

Os gabaritos de quadrinhos possuem bases semelhantes:
Área de Identificação — Contém espaço para escrever o nome da revista e da história, número da página, crédito do desenhista, arte-finalista (em alguns casos o roteirista também é creditado). Nesta região fica também o selo da Editora ou do Estúdio.

Área de Trabalho — É o retângulo central da página. Todas as informações importantes precisam ser desenhadas ali, independente de quão ousada seja a diagramação do artista. Tudo que ficar fora do retângulo central é considerado descartável. Os balões, os recordatórios, os créditos e notas de editor serão posicionados nesta região. Dica extra: Lembre-se de deixar uma área de respiro quando desenhar qualquer painel, se você atulhar todos os seus quadros com muitos elementos alguns deles certamente serão cobertos pelos balões. Normalmente 1/3 de cada painel é deixado com elementos não essenciais justamente para a entrada dos balões, recordatórios etc.

Área de Sangramento — Toda a região do papel que está fora da Área de Trabalho é Área de Sangramento. Em algumas diagramações as artes são feitas até a borda do papel, isso garante uma segurança para a extensão da arte. Normalmente as áreas de sangramento são usadas quando o design gráfico requer que a página final tenha artes que migram até a borda do papel em sua versão final impressa.

Linha de corte — Tradicionalmente marcada com um tracejado ou com linhas de corte nas extremidades superiores e inferiores, esta área mostra onde sua arte será cortada. A linha de corte mostra o tamanho (em proporção) do papel onde as páginas serão impressas. A área de sangramento é maior que a linha de corte para garantir que todo o espaço seja coberto por arte pois as máquinas de corte possuem um nível sutil de imprecisão.

Abaixo você vê um gabarito genérico no formato mais tradicional dos quadrinhos, com marcações de linhas de corte, área de trabalho etc. Existem gabaritos específicos para quadrinhos nas lojas de arte e em alguns estúdios de desenho, mas você pode criar seu próprio gabarito usando como moldes os padrões das editoras. Com uma breve pesquisa na internet é possível encontrar gabaritos da Marvel, DC e outras. E não custa nada enfatizar a importância do uso de um gabarito em qualquer projeto de quadrinhos (mesmo os digitais). Editores, artistas e diagramadores tem suas tarefas agilizadas com a simples adoção do uso de gabaritos.



O formato Comic Book é de 26cm de altura por 17cm de base. A Mancha Gráfica interna da revista, ou seja a área onde ficam os quadrinhos é de 15,3cm x 24cm. Os gabaritos são ampliações proporcionais a este formato. Pode haver pequenas variações de uma editora para a outra, mas de modo geral este é o formato.



MAIS:

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/05/dicas-para-montar-e-apresentar-um.html




http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/02/tiras-tamanhos-e-proporcoes.html


http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/02/sobre-tiras.html









http://laboratorioespacial.blogspot.com/2018/05/dicas-de-producao.html

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Conan by JJ Marreiro

1932 foi o ano em que surgiu o mais famoso herói bárbaro da cultura pop. Criado por Robert Ervin Howard para a revista WEIRD TALES, o personagem do gênero Espada e Fantasia encantava pelas aventuras envolventes em cenários fabulosos sempre às voltas com inimigos implacáveis, monstros, criaturas sobrenaturais ou beldades de personalidade forte e beleza arrebatadora. O cimério teve sua fama ampliada mundialmente com a versão em quadrinhos lançada pela Marvel Comics e acabou aparecendo em desenhos animados, games e filmes. #Conan #RobertEHoward #Barbarian



MAIS:
Drops Ricardo Quartim CONAN (Filme x Livro)
Conan - Wikipedia
Robert E. Howard - Wikipedia

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Al Rio's STAR WARS ! — A Guerra nas Estrelas de Al Rio





Do mesmo modo que os selos 'Túnel do Tempo' e 'O que aconteceria se' convidam os leitores a novas visões e novas interpretações dos universos DC e Marvel, a linha INFINITIES —no Brasil: Infinitos —transporta o leitor a universos paralelos dentro da mitologia de Star Wars.

Al Rio, foi um desenhista brasileiro conhecido pelo traço exuberante de suas figuras femininas; integrou a primeira leva de artistas brasileiros a produzir quadrinhos para o mercado norte-americano. Chegou a desenhar Homem-Aranha, Hulk, Capitão América, Vingadores, Homem-Aranha, Wild CATS e notabilizou-se com seu trabalho em GEN 13 (Editora Image). Entre os vários trabalhos importantes de Al Rio encontramos Star Wars: Infinities — New Hope (edição 03, 04) publicado pela Lucas Books/Dark Horse em 2001. O traço de Al Rio é considerado por alguns fãs um dos mais charmosos e versáteis de sua época, infelizmente a publicação no Brasil da revista Star Wars Infinitos cometeu uma gafe terrível ao creditar erroneamente o artista.

Deslizes em revisão e créditos tem se tornado cada vez mais comuns em edições de revistas profissionais, desqualificando suas republicadoras e trazendo dor de cabeça a seus editores. Falhas assim são perdoáveis em publicações independentes onde não há profissionais remunerados para a função de revisão ou copydesk. E mesmo que o erro tenha vindo da Edição Norte-Americana é inadmissível que profissionais da área não tenham notado a mancada antes de imprimir milhares de exemplares — com isso infringindo o preceito básico de que um artista  merece que seja assegurado o reconhecimento da autoria de seu trabalho. A Lei brasileira do Direito Autoral faz referência direta a isto no seu capítulo dois, artigo vinte e quatro, inciso dois: (Lei 9610/98, Cap II, Art. 24, II).


















Para além do grave erro da republicadora brasileira, a revista é divertida e a arte envolvente — pelo menos no que tange aos capítulos com arte de Al Rio. A trama reinventa o filme clássico de George Lucas reposicionando personagens, alterando fatos sem estragar o charme da história original. Os leitores de quadrinhos já estão acostumados a ver o cinema reinterpretar quadrinhos clássicos, mas uma coisa curiosa nesta edição é ver os quadrinhos reinventando a história contada nas telonas. A edição é um item obrigatório para fãs de Star Wars e também para os fãs de Al Rio caso consigam relevar a gafe de ver seu artista favorito creditado erroneamente.
















Álvaro Araújo Lourenço do Rio , Al Rio (1962/2012) foi ilustrador (editorial e publicitário), quadrinhista, artista plástico, animador, músico, professor de desenho e empresário. Após trabalhar com animação, ilustração e passar a integrar o primeiro time de artistas brasileiros agenciados para o mercado norte-americano produzindo quadrinhos, Al Rio montou em Fortaleza-CE uma escola de desenho e colaborou na formação e no refinamento de vários e talentosos artistas. Álvaro, como era conhecido pelos mais próximos, sempre estimulou a evolução artística de seus amigos e alunos dando dicas, conselhos, indicando trabalhos, muitas vezes contratando como assistentes de arte aqueles amigos em momentos de necessidade. Sua dedicação e força de vontade serviram (e servirão) de exemplo para muitos. Embora tenha se notabilizado com o trabalho de quadrinhos de heróis, a versatilidade de Al Rio era uma característica visível em suas ilustrações, seus quadros ou esculturas. Tendo sido um grande artista, e um grande ser humano, nunca perdeu a humildade. Sempre que alguém se mostrava impressionado pelo nível de refinamento na elaboração de seus trabalhos, ele tratava de explicar: "Eu não tenho dom: eu ralo!"

Os créditos corretos das edições originais seguidos de informações adicionais a respeito da versão original de "ST Infinitos — Uma Nova Esperança" podem ser conferidos nos links abaixo:
SW Infinity New Hope 1
SW Infinity New Hope 2
SW Infinity New Hope 3
SW Infinity New Hope 4

MAIS STAR WARS no Laboratório Espacial:

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2015/11/guerra-nas-estrelas-o-resumo-da-opera.html

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2015/11/a-guerra-de-cada-um.html

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2014/08/beto-foguete-e-os-patrulheiros-do.html


segunda-feira, 12 de junho de 2017

HQs de Cangaceiros (por JJ Marreiro)

A matéria a seguir foi publicada originalmente no site armagem.com (em 21/12/2009)
























A canga é uma peça de madeira que prende o boi à carroça ou à moenda facilitando o uso de sua força para trabalhos variados. Dito isto, fica fácil pensar nos cangaceiros como homens revoltados com a “canga” imposta por uma vida de dores e sofrimentos, ou em homens aptos a impor por meio da força bruta a “canga” sobre outros. A entrega dos homens ao banditismo no sertão brasileiro deu-se inicialmente em meados do século 18, num contexto social onde imperavam a falta de perspectiva, a miséria e a fome física aliada à de justiça. Esse cenário cheio de contradições e possibilidades inspirou (e inspira até hoje) inúmeros romances, filmes e histórias em quadrinhos.

É interessante ver o fascínio que o cangaço (como tema e gênero notadamente brasileiro) exerce sobre artistas de diferentes origens e culturas, desde o alemão Hermman aos italianos Sérgio Bonelli e Hugo Pratt. Seja pela crueldade, seja pelos ares de revanchismo que assumem, as ações dos bandoleiros do sertão nordestino adquirem tons e formas distintas em cada versão artística proposta. Gedeone Malagola, por exemplo, quadrinizou as aventuras de um cangaceiro inspirado pelo ator Milton Ribeiro, do filme “O Cangaceiro” de 1954 que teve roteiro de Raquel de Queiroz


O paraibano Emir Ribeiro, em 1979, criou Severino, um agricultor que entra para o cangaço no intuito  vingar sua falecida esposa morta nas mãos de cruéis fazendeiros. O Lampião tradicional ganha uma versão ímpar nos desenhos vigorosos e estilizados de Flávio Colin na obra “Mulher-Diaba no rastro do Lampião”, definitivamente um clássico das HQs brazucas. Jô Oliveira no álbum “A guerra do Reino Divino” não ignora a importância dos cangaceiros para se pensar a história e a narrativa nordestina e é a hisória verídica de Virgulino Ferreira que aparece em “Lampião, era o cavalo do tempo atrás da besta da vida” de Klévison Viana.













Nem todos os autores tratam o tema com o mesmo tom. Henfil transferia para seu cangaceiro, Zeferino, sob a égide do humor, pesadas críticas à sociedade brasileira e suas relações de poder. Ainda no humor, entretanto num tom mais ameno, o Xaxado de Cedraz também apresenta seus momentos de crítica e mostra-se um personagem versátil em HQs, tiras e material institucional.
O Capitão Rapadura do cartunista Mino, este também de maneira humorada, mistura um visual inspirado pelos cangaceiros nordestinos com o gênero super-herói.

O mineiro Mozart Couto e o pernambucano Watson Portela foram responsáveis por uma releitura interesante do visual e cenários do gênero cangaço fazendo uso do tipo inserido em contextos de
fantasia ou de ficção científica.

Em leituras recentes o genero aparece em “Cangaceiros, homens de couro” que tem roteiro de Wilson Vieira, desenhos de Eugênio Colonnese e capa de Mozart Couto. A trama retoma a trajetória da vida de Virgulino.

O Cabeleira adaptado do romance homônimo de Franklin Távora ganha vida nos quadrinhos pelo trabalho da equipe formada por Leandro Assis, Hiroshi Maeda e Allan Alex, os dois primeiros, roteiristas e este desenhista. Fora a qualidade intrínseca do texto há que se observar o ótimo uso dos recursos da narrativa do quadrinho.

E é na narrativa criativa e na inovadora união entre cordel e quadrinhos que o cangaceiro Bravo Jan acerta em cheio materializado pela arte de Anilton Freires e texto de Alex Magnus












Se houvesse uma cadência constante na publicação de títulos nacionais o gênero cangaço muito provavelmente integraria uma boa porcentagem dessas publicações já que dentro do cenário geral do que historicamente tem sido publicado de quadrinhos no Brasil o cangaço ocupa um espaço nobre.

Os títulos e autores aqui citados são apenas um apanhado geral, uma iniciativa  de listar por amostragem alguns cangaceiros criados para os quadrinhos, provavelmente muita coisa ficou de fora. Se você conhece outros autores e personagens que gostaria de acrescentar à lista citada deixe a dica nos comentários que ficaremos muito gratos e com isso os comentários se tornam não apenas uma valiosa ferramenta de contato e feedback, mas se tornam uma extensão do conteúdo apresentado acima. (Nota do Editor: Sendo este artigo datado de 2009, vários títulos autores e personagens podem ser acrescidos nos comentários. Obrigado a todos por acompanhar e colaborar com o Laboratório Espacial)










segunda-feira, 5 de junho de 2017

Uma breve história de Quadrinhos & Velho Oeste


Um dos gêneros mais empolgantes das Histórias em Quadrinhos, o Western, começou nas narrativas dos folhetins e, de certo modo, nos relatos jornalísticos que vez por outra reinterpretavam com mais drama as situações reais. Aliás, desde sempre as narrativas de Faroeste tendem ao exagero, prova disto é que nos tempos do Velho Oeste o tifo, as quedas de cavalo e o ataque de animais selvagens matavam muito mais que os tiroteios e duelos, estes sim, bem raros.

O período que chamamos de Velho Oeste é historicamente localizado na faixa do território norte-americano que vai do Vale do Mississippi à Costa do Pacífico entre os anos de 1840 a 1890 (mais ou menos). Esse período foi marcado pela expansão da fronteira norte-americana na direção do pacífico, nesse contexto ocorreram confrontos com os índios, ou melhor, o quase total extermínio da população e da cultura nativa norte-americana.

Os quadrinhos e o cinema inicialmente focavam as narrativas no ponto de vista do colono, do cowboy, que era o herói aventureiro desbravador, embora em alguns momentos personagens índios assumissem o protagonismo. Uma visão mais humanizada do índio começaria a ganhar território no final dos anos de 1960, por conta das lutas pelos direitos civis, da ebulição dos movimentos sociais, do desenvolvimento da contra-cultura, movimento hippie etc. Do mesmo modo que os movimentos sociais influenciaram o cinema, eles influenciaram os quadrinhos. Enquanto no cinema a audiência era apresentada a outro olhar sobre os cowboys e índios, o mesmo ocorreu com os quadrinhos.

Dos folhetins (dos anos de 1860), os cowboys saltaram para as pulp magazines nos anos de 1900 em diante. Chegaram aos quadrinhos nas tiras de jornal e proliferaram em revistas (comic books) principalmente nos anos de 1950.

Algumas notórias Figuras Históricas, que já haviam protagonizado contos aventurescos, romances e serials (seriados de matinês) marcaram presença nos quadrinhos, entre eles: Bat Masterson, Billy The Kid, Buffalo Bill, Jesse James, Wyatt Earp, Wild Bill Hickock.

Hoje, com um certo distanciamento histórico, é possível ousar a categorização de alguns "sub-gêneros" das HQs de Faroeste, como os Heróis Mascarados do Velho Oeste: Black Diamond, Black Rider, Cavaleiro Negro, Durango Kid, El Coyote, Ghost Rider, Rapaz do Arizona, Lone Ranger, Lone Rider, Masked Rider, Phantom Ranger, Red Mask, Vigilante e outros;

Há os Cowboys Brazucas: Beto Carrero (cujas HQs eram de Eugênio Colonese), Jerônimo-O Herói do Sertão (que teve várias edições desenhadas por Edmundo Rodrigues), Chet (Personagem criado por encomenda seguindo a linha do Tex italiano, tanto que seu nome é Tex invertido. Trocando apenas o X por CH).

Títulos com Cowgirls: Annie Oakley (que também é uma figura histórica do Oeste), Reno Browne, Dale Evans, Firehair e além de títulos próprios as heroínas do western apareciam em títulos mix.











O cinema que tinha como ícone do western o indefectível Tom Mix ganhou novos ídolos e heróis nas matinês: Hoppalong Cassidy, Johnn Mack Brown, Red Ryder, Rocky Lane, Rex Allen, Buck Jones e muitos, muitos, muitos outros meeeesmo.













Com o aprimoramento de som e imagem nos filmes surgiram os Cowboys Cantores: Tex Ritter, Bob Tumbleweed, Gene Autry, Roy Roggers.



A TV começou a se popularizar e sua programação era repleta de cowboys, a princípio com reprises de filmes e matinês. Algum tempo depois dezenas de westerns foram criados especificamente para a TV. Os Seriados de Western proliferaram: O Homem do Rifle, Paladino do Oeste, Cavaleiro Solitário, Rawhide, Bonanza, High Chaparral, Laramie, Gunsmoke, Cheyenne, The Life and Legend of Wyatt Earp, Lawman e outros.


As construções narrativas do gênero Western devem muito à figura de William Frederick Cody, o Buffalo Bill. A medida que o Oeste Selvagem ia se tornando civilizado  Will Cody foi desenvolvendo aos poucos um espetáculo que manteria o espírito dos desbravadores, suas lutas e desafios vivos até hoje. Reunindo cowboys e índios (de verdade) ele criou um circo itinerante que aliado aos folhetins (Dime Novels) notabilizaram os duelos nos saloons, os massacres indígenas, as brigas com a cavalaria, tudo devidamente teatralizado e tudo preparado para encantar e influenciar os espectadores e as futuras gerações.

A Arte Sequencial, assim como qualquer outra mídia, guarda uma sintonia com sua época. Tanto que à partir do final dos anos 60 com o declínio da popularidade dos cowboys norte-americanos, filmes e quadrinhos de faroeste ganharam novo vigor na Europa, dando passagem a personagens memoráveis como Tex Willer, Ken Parker, Ten. Blueberry entre outros. Nos dias de hoje os videogames Red Dead Redemption e Call of Juarez se encarregam de apresentar o Oeste Selvagem para as novas gerações e embora o gênero não esteja mais em evidência suas influencias não param de ser percebidas em criações de diversos outros gêneros e mídias.

*Críticas, sugestões, informações adicionais e links nos comentários.




















Mais:
Avantecast (podcast) Quadrinhos de Bang-Bang

(apresentado por PJ Brandão com participação de
Daniel Brandão e JJ Marreiro)


Mundo Estranho: Como era a vida no Velho Oeste
Tex Willer Blog
Sou fã do Tex

Evolução Territorial dos Estados Unidos
Westward Expansion and Manifest Destiny
Top 12 Classic Guns of Western
These 5 guns won the american west
Old West Guns
4 legendary Guns

The Western Dime Novel 
Buffalo Bill Dime Library 
Ghost Dance
Billy The Kid na revista inglesa SUN

As Eras Cinematográficas do Western 
Subgêneros do Western ( e o Western Revisionista)
Serials List
Lista dos Cowboys Famosos dos Seriados e Filmes

Western: Origem e Mito
O Verdadeiro Velho Oeste
10 Fatos para entender o Velho Oeste 
A Vida no Velho Oeste
Os Duelos do Velho Oeste 
Cinema Western  
Era uma vez o Western (Origem)
Os Implacáveis Quadrinhos de Faroeste (Universohq )
Anthony Stephen
Colt Peacemaker
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2015/08/

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/12/galep-100-anos-do-criador-grafico-de-tex.html




 

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Uma Maravilha sem Spoilers!




Primeiro tenha em mente que: o que é um bom filme para um pode não ser para outro. Tenha em mente que um filme pode ser técnico, coeso e coerente e ainda assim não agradar por faltar emoção ou sensibilidade. Tenha em mente que existe a possibilidade de um filme não ter a menor coesão, não ter coerência, não ter emoção e ainda assim encontrar apreciadores. Esta última classificação diz respeito às recentes produções da DC-Warner pré-Wonder-Woman. 






















Sim, pré-Wonder-Woman. Porque nesta nova produção há coesão, coerência,  emoção e sensibilidade. A Mulher-Maravilha à partir dos quadrinhos conquistou fãs de todos os sexos e idades por significar algo por inspirar algo. Este algo está posto nesta produção assinada por Zack Snyder (o universo fora de Themyscira continua sombrio e escuro como todo o resto do Universo DC), Deborah Snyder, Charles Roven e Richard Suckle. Mas isso é um dado técnico que vc acha em todo lugar, o fato é que a história é bem construída e a personagem cresce, emociona e possui o necessário a qualquer herói (e que o Superman até agora—desculpa a alfinetada—não mostrou): A Mulher-Maravilha nos INSPIRA!
A trama tem falhas?! Bem, se você procurar atentamente vai achar um monte de motivos pra criticar, pra não gostar e para odiar...mas mesmo a um olhar mais crítico, objetivo e realista é perceptível o fato de que Mulher-Maravilha é um filme que, apesar dos deslizes, possui ALMA!


Todos os estigmas que a heroína carregou ao longo do tempo todas as críticas à construção de seu uniforme "feito para agradar os homens" são observados no filme. Não é Spoiler quando lembramos do trailer onde Diana observa um figurino de época e comenta: "Como se luta com isto?". Diana cresceu numa cultura distinta com valores distintos e  podemos inclusive ver elementos dos quadrinhos de George Perez e Mike Deodato, por exemplo.


Gal Gadot não é Lynda Carter assim como um blockbuster atual não é uma série de TV dos anos 70. Lynda continua perfeita e maravilhosa em nossa memória e no seriado da Supergirl. Mas assim como Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig conquistaram o título de 007, a bela atriz israelense conquista a cada cena o direito de ser chamada de Mulher-Maravilha.


O filme tem ação na dose certa, surpresas bacanas, referências legais pra fanboys, o filme tem aquele lado mais emocional, tipo um toque de romance, mas Diana em momento algum deixa de ser uma amazona, decidida, heróica, inteligente, ousada.


A construção de época é simplesmente imersiva e o clima de guerra é bem construído. O elenco de apoio dá uma credibilidade adicional para a trama assim como os vilões mostram-se realmente ameaçadores, dignos de serem combatidos pela Princesa Amazona. Chris Pine (Steve Trevor) e Robin White (Antíope) realmente elevam o nível do filme.


Quando se escreve uma história em quadrinhos é necessário ver o "conjunto", se o conjunto funciona e se está claro e compreensível para o leitor. Quando se elabora uma pintura, há ali um discurso não textual, mas onde os elementos estão conectados uns aos outros de modo muito específico. Pela primeira vez depois dos Batmans de Christopher Nolan a DC-Warner oferece aos fãs uma história com começo, meio e fim. Construída de modo claro e lúcido. Haverá críticas? Certamente. Haverá elogios? Sem dúvida. Mas o que este resenhista espera, mesmo deixando registrada aqui uma opinião positiva, é que você, amigo(a) leitor(a), veja por si e tire suas próprias conclusões e consiga administrar com serenidade as demonstrações efusivas de amor e ódio que alguns insistem em propagar por aí.

http://jjmarreiro.blogspot.com.br/2013/11/jj-marreiro-profile.html












Caso você queira ler uma ótima crítica que apresenta uma visão distinta desta acima, você pode ler neste link um excelente texto onde o Jornalista, Editor e Tradutor Maurício Muniz aponta várias falhas e incoerências apresentadas no roteiro de Mulher-Maravilha.

Para mais matérias do Laboratório com a Mulher-Maravilha clique nos Banners:


http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/04/porque-mulher-maravilha-e-tao-legal-por.html
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/07/powergirls-elas-adoram-mulher-maravilha.html















Hora-con recebe Fernando Lima e JJ Marreiro









A dupla mais Fora de Órbita do Laboratório Espacial vai a Horizonte-CE para um evento Geek-Nerd-Jedi-Gamer no dia 4 de Junho (2017). O Hora-Con New Age vai de 9h às 17:30h com direito a games, cosplays, animes, quadrinhos, mangás, workshop de desenho etc.

CONVERSA DE RISCO é o nome da palestra que Fernando Lima e JJ Marreiro vão levar para o público de Horizonte. Os autores vão conversar sobre processo criativo, curiosidades, casos pitorescos que acontecem com desenhistas, além de falar sobre criação de personagens e produção de quadrinhos.



Além da dupla de Editores do Laboratório Espacial, o Quadrinhista e Ilustrador  Diêgo Silveira levará para o evento um Workshop de Desenho cheio de dicas práticas e muito objetivas.

No início da tarde ocorrerá o Workshop de Criação de Personagem com o Cartunista JJ Marreiro, criador do herói espacial Beto Foguete, da Super-Heroína Mulher-Estupenda, do Elfo aventureiro Zohrn e da Tira Lucy & Sky entre outros.



No estande do Laboratório Espacial estarão disponíveis publicações nacionais e internacionais com destaque para o material produzido com participação de Fernando Lima e JJ Marreiro. Prints, cards e quadrinhos Marvel, DC e Mangás também estarão à venda no estande. No período da tarde haverá avaliação de portfólios além do costumeiro bate-papo com os desenhistas.



MAIS:
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/05/fernando-lima-jj-marreiro-em-palestra.html

http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/05/o-quadrinhista-e-ilustrador-diego.html
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2016/09/laboratorio-espacial-curtindo-adoidado.html
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2017/02/laboratorio-espacial-na-feira-livre-de.html
http://laboratorioespacial.blogspot.com.br/2011/12/fernando-lima-jj-marreiro-falam-de.html